Os transtornos de aprendizagem compreendem uma inabilidade específica como de leitura, escrita ou matemática, em indivíduos que apresentam resultados significativamente abaixo do esperado para seu nível de desenvolvimento, escolaridade ou capacidade intelectual.
Estima-se que de 40% a 42% dos alunos nas séries iniciais tenham dificuldades para aprender. Destes, no Brasil e em outros países em desenvolvimento, 4 a 15% têm transtornos de origem neurobiológica.
Suspeitamos de Transtorno de aprendizagem, em crianças que apresentam algumas características como inteligência normal, ausência de alterações motoras ou sensoriais, bom ajuste emocional e nível socioeconômico e cultural favorável. Tais transtornos devem estar presentes desde os primeiros anos de escolaridade e persistem apesar do atendimento específico adequado. Muitas vezes, antecedentes familiares com dificuldade no aprendizado são relatados. Acredita-se que a etiologia esteja relacionada com distúrbios na interligação de informações em várias regiões do cérebro, daí a suposição da relação com fatores neurobiológicos .
Dentre os transtornos de aprendizagem, podemos citar:
1) Transtorno de leitura
2) Transtorno da matemática ( discalculia)
3) Transtorno da expressão escrita
Na discalculia, a dificuldade está em aprender tudo que se relaciona com questões numéricas como operações, conceitos e aplicação da matemática. Já a dificuldade de aprender e desenvolver as habilidades de linguagem escrita é um transtorno específico que muitas vezes acompanha a dislexia.
É importante estabelecer uma diferenciação entre o que é uma dificuldade de aprendizagem e o que é um quadro de Transtorno de Aprendizagem. Muitas crianças em fase escolar apresentam certas dificuldades em realizar uma tarefa, que podem surgir por diversos motivos, como problemas na proposta pedagógica, capacitação do professor, problemas familiares ou déficits cognitivos, entre outros. A presença de uma dificuldade de aprendizagem não implica necessariamente em um transtorno, que se traduz por um conjunto de sinais sintomatológicos que provocam uma série de perturbações no aprender da criança, interferindo no processo de aquisição e manutenção de informações de uma forma acentuada.
Antes de procurar reforço escolar, busque atendimento especializado, para um diagnóstico correto e uma condução clínica coerente ao transtorno existente, estando neste fato, a importância de se buscar profissionais adequados como neuropediatra, psicopedagogo e fonoaudiologista.